Conheci o Bananal, terra da família da minha esposa, há pouco mais de seis anos. É inacreditável, mas após trinta e seis anos na família, tive a grata alegria de visitar o povoado. Estava num momento de muito estresse, afastado do trabalho, pós infarto e lá chegamos, em plena festa de 90 anos da Dona Hilda. Na semana seguinte estávamos lá, novamente. E na outra semana, e na seguinte...
O Bananal é singelo, com sua igrejinha, marca registrada do lugar onde todas as noites os moradores se reúnem em frente ao cruzeiro para jogar conversa fora. E isso é a melhor coisa a se fazer, no fim do dia. Ouvir as histórias dos mais antigos, s brigas dos primos, já não tão novos e muita fofoca.
Aqui, quero fazer uma homenagem especial ao Tio Dija, cujas histórias nos faziam sorrir, por mais que ele as repetisse. Já no primeiro dia, ele dançou com todas as mulheres da festa com uma animação fantástica para um senhor de 86 anos. Minutos depois, ele puxou minha esposa pra dançar ...Virou pra mim e falou: "eu nao dixe que dançava com sua mulher?"
Aos 90 anos nos deixou. Muita saudade do inesquecível Tio Dija.